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Estudo afirma que fluência digital minimiza desigualdade de gênero

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A forma como as pessoas recorrem às tecnologias digitais para se tornarem mais informadas, conectadas e produtivas, a chamada fluência digital, é um dos mais importantes impulsionadores da igualdade de gênero no local de trabalho. É o que aponta o relatório “Getting To Equal-How Digital is Helping Close the Gender Gap at Work”, lançado neste ano pela Accenture.

O estudo analisou o impacto das tecnologias digitais em toda a vida útil da carreira de homens e mulheres. Cerca de 5 mil pessoas em 31 países participaram do estudo, que avaliou sua respectiva familiaridade com as tecnologias digitais. De acordo com a pesquisa, embora os homens apresentem melhor desempenho em relação às mulheres na fluência digital em quase todos os 31 países estudados, a diferença tem diminuído.

A fluência digital impulsiona quase todos os estágios da carreira. Ela é importante na educação e no local de trabalho e tem relevância cada vez maior conforme o profissional escala nos cargos de liderança. “Existe uma oportunidade clara para os governos e negócios de unir esforços para empoderar mais mulheres com habilidades digitais – e acelerar a equidade de gênero no mercado de trabalho”, afirma Pierre Nanterme, Chairman e CEO da Accenture.

Além disso, a fluência digital tem ajudado os profissionais a gerenciar melhor seu tempo e aumentar sua produtividade. Ela também permite mais flexibilidade de horários – benefício que os trabalhadores valorizam e as empresas têm oferecido cada vez mais. Embora a flexibilidade seja benéfica para ambos os gêneros, as mulheres acabam se beneficiando mais do que os homens.

Outro destaque da pesquisa foi sobre mundo digital, que tem impactado positivamente as oportunidades de educação e de emprego das mulheres. E o futuro parece ainda mais promissor, conforme a geração millenium (nascidos a partir de 2000) for amadurecendo e entrando nos rankings de liderança no mercado de trabalho.

Cenário

A pesquisa vem em um momento crítico, no qual as empresas e os governos enfrentam uma disparidade entre as competências de que necessitam para se manterem competitivos e os talentos que estão disponíveis no mercado de trabalho. Como as mulheres estão subrepresentadas no local de trabalho na maioria dos países, elas são uma fonte significativa de talento inexplorado. De acordo com dados do WorkplaceTrends.com e Saba, elas representam menos de 40% da força de trabalho global de hoje.

Parte da solução para os desafios que as mulheres enfrentam no local de trabalho pode ser encontrada na fluência digital. A Accenture Technology Vision 2016 relata que as organizações devem se concentrar em fazer com que as pessoas – consumidores, trabalhadores e parceiros – consigam realizar mais com o uso da tecnologia. Este uso crescente vai ajudar as pessoas a balancearem suas vidas pessoais e profissionais e acessarem novas oportunidades em um ambiente de trabalho em evolução.

A maioria dos entrevistados do estudo – 76% dos homens e 79% das mulheres – concordam que as mulheres têm mais oportunidades atualmente do que jamais tiveram. Quase três quartos dos homens e mulheres disseram que “o mundo digital vai empoderar nossas filhas”. De acordo com a publicação, as mudanças que estão acontecendo na vida das mulheres como resultado da fluência digital chegaram para ficar e aumentarão ainda mais nas futuras gerações.

Destaques da pesquisa

A pesquisa destaca a importância da fluência digital para ajudar os países a progredirem em direção à igualdade de gênero no local de trabalho. Diferenças na fluência digital entre homens e mulheres e entre os países significam que cada país está em um estágio diferente e deve ter um conjunto diferente de prioridades.

O estudo afirma que os homens usam as ferramentas digitais mais do que as mulheres: 76% dos homens e 72% das mulheres, e essa pode ser uma das explicações para que a fluência digital seja maior entre eles do que entre elas. Quando são os homens da geração millenium, a porcentagem aumenta para 80%, enquanto mulheres da geração millenium chegam a 75%. Outra possível razão é que os homens também são mais proativos do que as mulheres quando o assunto é aprendizagem para novas competências digitais: 52% dos homens e 45% das mulheres dizem que estão aprendendo continuamente novas competências digitais.

Segundo o estudo, os países em que as mulheres possuem mais fluência digital são, também, os países com mais equidade de gênero no trabalho. Os Estados Unidos, o Reino Unido e os países nórdicos, como Suécia, Dinamarca, Noruega e Finlândia, que estão entre os melhores desempenhos na equidade de gênero no local de trabalho, também têm as maiores pontuações na fluência digital feminina.

A Accenture prevê que, se as empresas e os governos duplicarem o ritmo no qual as mulheres se tornam digitalmente fluentes, a equidade de gênero pode ser atingida em 2040 nos países desenvolvidos e, em 2060, nos países em desenvolvimento.

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Para conhecer a pesquisa completa, acesse: “Getting To Equal-How Digital is Helping Close the Gender Gap at Work”.

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