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Mulheres negras ainda são as mais prejudicadas no mercado de trabalho

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Foto de mulher negra com um tablet nas mãos. Seu cabelo é curto e liso na cor vermelha e veste uma blusa branca com bolinhas pretas. Ela sorri levemente.

As mulheres negras ainda são as mais prejudicadas no mercado de trabalho. Segundo levantamento divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apesar das perspectivas de crescimento da economia neste ano, a retomada das atividades após a pandemia da Covid-19 e a queda do desemprego não diminuiu a diferença entre trabalhadores brancos e negros.

De acordo com o estudo, feito com base nos indicadores da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PnadC) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres negras são as que mais sofrem para entrar no mercado de trabalho. Enquanto a taxa de desemprego geral ficou em 9,3% no segundo trimestre deste ano, entre elas o indicador ficou em 13,9%. Na sequência estão as mulheres brancas (8,9%), os homens negros (8,7%) e por último estão os homens brancos com a menor taxa (6,1%).

Da mesma forma, o rendimento médio real mensal é o menor entre as mulheres negras e o maior entre os homens brancos. No segundo trimestre de 2022, enquanto eles receberam em média R$ 3.708 e as mulheres brancas R$ 2.774, as trabalhadoras negras ganharam, em média, R$ 1.715, e os trabalhadores negros, R$ 2.142. Ou seja, as mulheres negras receberam 46,3% dos rendimentos recebidos pelos homens brancos.

Já quando se fala em cargos de direção e gerência, novamente as executivas negras têm o menor índice de ocupação nessas funções: 2,1%, enquanto entre as executivas brancas, o índice chega a 4,7%.

A pesquisa também aponta quais são as atividades econômicas com maior predominância de colaboradoras negras. Elas trabalham com serviços domésticos, comércio, educação, saúde humana e serviços sociais. No caso dos serviços domésticos, por exemplo, a proporção (16,4%) é quase o dobro em relação à participação das mulheres brancas (8,8%). Segmentos de Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, as mulheres brancas têm maior participação (14,3%) em comparação às negras (9%).

Com o objetivo de ajudar as empresas a aumentarem a presença dessas mulheres em suas equipes e apoiarem a equidade racial e de gênero, o Movimento Mulher 360 criou o e-book Dicas e orientações para empresas acelerarem atração e desenvolvimento de mulheres negras. Baixe gratuitamente a publicação e ouça o terceiro episódio do MM360Cast, disponível em nosso site e nas principais plataformas de streaming.

Com informações do G1.

Saiba mais: Como criar um local de trabalho que valorize as mulheres negras e Pesquisa mostra realidade e desafios enfrentados pelas mulheres negras

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