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Mulheres são mais engajadas com Agenda ESG

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Foto de cinco mulheres, sendo que uma está em pé e as outras sentadas, e dois homens, também sentados, em uma sala de reunião.

Mulheres são mais engajadas com a Agenda ESG – do inglês Enviromental, Social and Governance para aspectos ambientais, sociais e de governança. É o que aponta estudo publicado recentemente pela MindMiners feito em parceria com o Google. Dentre as profissionais entrevistadas, 61% foram consideradas “muito engajadas” com a temática, enquanto o perfil masculino é maior entre as pessoas “em desenvolvimento” (60%) e “desconectadas” (81%) do assunto.

A pesquisa também destaca que colaboradores com mais de 45 anos, das classes A e B e da região Sudeste, estão dentre os perfis mais comprometidos com a temática. Ao considerar que as mulheres são mais sensíveis ao assunto, outros dados confirmam que a presença delas em cargos do alto escalão resulta em melhores indicadores ESG para as empresas.

Um deles é resultado do estudo conduzido pela mestre em gestão para competitividade Monique Cardoso, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que comprova que em companhias brasileiras com alto desempenho ESG, 72% têm uma ou mais mulheres em seus conselhos administrativos e 52% contam com diretoras femininas. No entanto, mesmo com a perspectiva de consequências positivas, apenas 11,5% das organizações de capital aberto têm executivas em seus conselhos, de acordo com o relatório Brazil Board Index de 2021, realizado pela Spencer Stuart.

Mulheres nas empresas e a performance dentro da Agenda ESG

Após conversa com as executivas, Monique Cardoso destaca três pontos que chamaram a atenção nos discursos das mulheres que atuam em empresas com alta performance ESG. Em primeiro lugar, elas “valorizam a necessidade do aprendizado constante”. Em segundo, precisam demonstrar seu valor com mais frequência e se posicionar constantemente nesses espaços da alta gestão. Por fim, ressaltam o fato de serem mães como uma de suas melhores qualidades, o que vai de encontro ao viés inconsciente de que a maternidade é um obstáculo para a carreira profissional.

Monique destaca ainda que as companhias de alto desempenho ESG têm um discurso proativo em relação ao tema, em comparação com a postura reativa das que reportam piores resultados, uma vez que suas preocupações giram em torno dos riscos de mercado e da reputação. A mestre revela ainda que, apesar de colaboradoras de empresas com alto e baixo ESG lidarem com machismo no ambiente de trabalho, elas identificam e reagem de maneiras distintas.

“A liderança feminina de empresas com alto ESG é formada por mulheres que se autovalorizam e impõem respeito, embora sofram, como as de baixo ESG, episódios constantes de discriminação de gênero. […] No caso da liderança feminina das empresas com baixo ESG, há ambiguidade na percepção do preconceito, pois, ao mesmo tempo em que as entrevistadas dizem que não se sentem questionadas por serem mulheres, afirmam que os homens não as deixam falar em reuniões e, de certa forma, os eximem de responsabilidade porque esta seria uma questão cultural”, diz.

A partir deste contexto, as profissionais não apenas pensam e desenvolvem ações relacionadas à agenda ESG, mas precisam ser inseridas no centro dessas discussões. Em sua conclusão da pesquisa, Monique sugere que a diversidade ou a quantidade de executivas nos conselhos administrativos ou em posições de diretoria sejam incorporadas na nota atribuída às empresas nas metodologias de análises ESG.

“Na medida em que aumenta a pressão sobre o tema, aumenta a chance de reduzir as barreiras encontradas por mulheres executivas no exercício de sua liderança”, completa.

Com informações do Meio e Mensagem

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