Ainda é necessário avanços significativos para alcançarmos a paridade de gênero nas empresas
O 5º Relatório anual Women in the Workplace (2019), maior estudo sobre mulheres no mundo corporativo dos EUA, realizado pela LeanIn.Org e McKinsey & Company, já está disponível para consulta.
Em cinco anos de pesquisa, é possível perceber pontos positivos nos níveis mais altos, com mais mulheres ocupando cargos de liderança, mas ainda assim as organizações precisam concentrar esforços já desde a base do pipeline, para que progressos reais aconteçam na diversidade de gênero.
Apesar de números promissores, as mulheres, em especial as negras, continuam sub-representadas em todos os níveis. Para alterar esses índices, o relatório aponta que as empresas precisam focar onde está o verdadeiro problema e não é no famoso “teto de vidro”. Na realidade, o maior obstáculo que elas enfrentam já acontece na primeira etapa do pipeline, com a primeira ascensão a um cargo gerencial. Consertar esse “degrau quebrado” é a chave para alcançar a paridade.
A cultura do trabalho é igualmente importante. Todos os colaboradores devem se sentir respeitados e sentir que têm oportunidades iguais de crescer e avançar na carreira. Eles se preocupam profundamente com oportunidades e justiça, não apenas para si, mas para todos e querem que o sistema seja justo.
Feitos da maneira correta, os esforços para contratar e promover candidatos mais diversos e criar uma cultura forte reforçam a teoria. Uma força de trabalho mais diversificada levará naturalmente à uma cultura mais inclusiva. E quando uma empresa tem práticas que parecem justas e inclusivas, as mulheres e os grupos sub-representados são mais felizes e mais propensos a prosperar.
Ao promover a diversidade, construindo uma política de oportunidade e justiça, e concentrando sua atenção no “degrau quebrado”, as empresas podem diminuir diferenças de gênero – e seguir, finalmente, para o caminho da equidade.
O estudo LeanIn.Org e McKinsey & Company sugere cinco passos que as empresas podem adotar para consertar seus “degraus quebrado” – e, finalmente, diversificar seu pipeline:
- Estabeleça uma meta para ter mais mulheres em cargos de gerência nível 1;
- Exija diversidade de candidatos na hora das contratações e promoções;
- Ofereça treinamento de vieses inconscientes para avaliadores;
- Estabeleça critérios claros de avaliação;
- Inclua mais mulheres no pipeline para promoções a cargos gerenciais.
Para alcançar a verdadeira equidade, somente a melhora em números não é o suficiente. As empresas também precisam investir na criação de uma cultura forte. E isso significa colocar três elementos fundamentais em vigor:
- Igualdade de oportunidades e justiça;
- Flexibilidade na vida profissional;
- Um local de trabalho seguro e respeitoso.
Para ter acesso à pesquisa na íntegra (em inglês), acesse http://bit.ly/33QORXy.
Para quem quiser se inscrever para o estudo em 2020, o acesso acontece por meio do site womenintheworkplace.com.
Sobre o relatório
Relatório anual Women in the Workplace é realizado desde 2015 para ajudar as organizações a avançar no tema da diversidade no local de trabalho. Desde então, cerca de 600 corporações participaram do estudo e 250 mil pessoas foram entrevistadas sobre suas experiências nos ambientes corporativos. Todo ano, o número de empresas participantes deste estudo aumentam.