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Pesquisa aponta preconceito contra colaboradores 50+ no Brasil

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Foto de uma mulher madura falando ao telefone enquanto está em sentada em uma poltrona em um escritório.

Até 2040, 57% da força de trabalho no Brasil terá mais de 45 anos, e isso provocará reflexos em toda a cadeia de trabalho e produção. É o que aponta o estudo “Por que pessoas 50+ não são consideradas como força de trabalho em um país que envelhece?” produzido pela EY Brasil e a Maturi.

“É um tema global. O fato de o profissional estar mais velho não significa que ele não pode estar no contexto de organização da empresa”, explica Daniela Brites, sócia de People Advisory Services na EY.

Dentre as conclusões da pesquisa, uma das mais preocupantes é que 80% das empresas ouvidas não contam com políticas específicas de combate à discriminação etária em seus processos seletivos. Ou seja, o discurso do mercado sobre a importância do tema não condiz com a prática, uma vez que faltam ações concretas das organizações para incluir esse público.

Outro dado que se destaca é que, para 42% das organizações pesquisadas, o tema Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) não é prioritário na estratégia do negócio. Além disso, entre aquelas que já contam com práticas estruturadas de DEI, os tópicos principais são gênero, étnico e racial (ambos com 75% de citações). Apenas 45% delas trabalham o pilar geracional.

Para Raquel Thomazi, gerente de People Advisory Services na EY, trata-se de uma oportunidade para levar o tema para dentro das empresas, que devem se adaptar aos novos tempos. “A única certeza que temos sobre o futuro é o envelhecimento da população, até porque mais de 70% das pessoas ouvidas afirmaram que as empresas são etaristas, inclusive elas próprias”, diz a executiva, que também é gerontóloga.

O relatório mostra que profissionais 50+ que se aposentam e passam a aproveitar exclusivamente a vida doméstica é algo irreal. Com o avanço da expectativa de vida nas últimas décadas, uma pessoa com essa idade está cheia de vitalidade e com muito potencial de trabalho para oferecer à sociedade. E com um ativo muito precioso e que deve ser valorizado pelas empresas: a experiência.

“Em um país que envelhece rapidamente, esse pilar já deveria estar sendo considerado como uma das prioridades”, afirma o estudo. Por outro lado, 88% das pessoas participantes concordam que as empresas que se prepararem para o envelhecimento estarão em vantagem. Portanto, essa não é mais uma questão a ser considerada apenas em cenários futuros.

“Os insights levantados por esta pesquisa foram extremamente relevantes e têm o potencial de alavancar discussões importantes sobre o tema, gerando ações para o mercado brasileiro. Os resultados suscitaram uma série de perguntas que ainda não possuem respostas definitivas: a construção dessas respostas criará processos e mecanismos para combater o etarismo e aproveitar as oportunidades estratégicas que surgem com o envelhecimento da população”, afirma Oliver Kamakura, Sócio de Consultoria em Gestão de Pessoas da EY para o Brasil.

O estudo EY/Maturi ouviu 191 empresas de 13 segmentos como serviços, financeiro, varejo, automotivo, agronegócio, saúde e tecnologia, além do setor público. Em relação ao número de colaboradores, 35% das companhias possuem até mil pessoas em suas equipes, enquanto 18% contam com mais de 10 mil.

Para conferir o estudo na íntegra, acesse: https://bit.ly/3LmHmij.

Com informações da Agência EY.

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