Meninas sonham com equidade de gênero
Serem respeitadas, ouvidas e terem seus direitos garantidos e implementados. É o que, segundo a pesquisa “Por Ser Menina no Brasil: Crescendo entre Direitos e Violências”, sonham as meninas brasileiras com idades entre 6 e 14 anos.
O estudo foi desenvolvido pela ONG britânica Plan International, uma das maiores e mais antigas organizações de desenvolvimento voltada para crianças no mundo. Ela está presente em cerca de 70 países e trabalha em 50 países em desenvolvimento para promover os direitos das crianças e adolescentes. No Brasil, atua desde 1997 promovendo os direitos de crianças e adolescentes em suas comunidades, implementando projetos nos estados do Maranhão, Pernambuco, Bahia, Rio Grande do Norte e São Paulo.
Para viabilizar a pesquisa, a entidade ouviu 1.771 meninas de 6 a 14 anos em todas as cinco regiões do Brasil sobre o contexto de direitos, violências, barreiras, sonhos e situações em que elas vivem.
Os resultados denunciam um contexto de gritantes desigualdades de gênero, o que prejudica o pleno desenvolvimento das habilidades dessas meninas para a vida. Enquanto 76,8% lavam louça e 65,6% limpam a casa, por exemplo, apenas 12,5% dos seus irmãos homens lavam a louça e 11,4% dos seus irmãos homens limpam a casa. E mais: 1 menina de cada 5 conhece uma outra menina que já sofreu violência, e 13,7% das meninas de 6 a 14 anos trabalham ou já trabalharam.
“As meninas nos contaram que gostam de serem meninas e sonham com um futuro no qual a educação, a saúde, o cumprimento dos direitos, a solidariedade e o respeito às diferenças possam ser realidades para todas as meninas e meninos”, comenta Anette Trompeter, diretora da Plan International Brasil.
O objetivo principal da pesquisa, segundo seus organizadores, é fomentar uma grande mobilização nacional com a sociedade civil e o poder público para afirmar os direitos e a equidade de gênero das meninas na sociedade brasileira.
O download da pesquisa na íntegra, em português, pode ser feito no site da organização.